De pé sobre a própria sombra
- Antonio Bola Harres
- 22 de set. de 2021
- 1 min de leitura

Para os que estiverem neste meio dia, sob o Sol a pino sobre a linha do equador, círculo máximo que divide a Terra em duas metades, sem sombra de dúvidas se procurar pela própria sombra não a encontrará, pois estará de pé sobre ela.
Na Ceia de Da Vinci, o sétimo apóstolo, à primeiro à esquerda de Jesus, é o único de olhos fechados, ocupado em mergulhar na escuridão de si mesmo e quem sabe, cancelando o olhar, amplie sua capacidade de ouvir os outros e não ser perturbado pelo tumulto que aparentemente assaltou a mesa, chocada com a revelação que havia um traidor entre os discípulos; e assim conseguir ponderar, medir e pesar prós e contras, buscando um ponto de equilíbrio entre sentimentos opostos, conforme as mãos direita e esquerda repousam suavemente entrelaçadas sobre a toalha de linho branca.

E tendo em vista que este momento de igualdade entre luz e sombra do equinócio de 2021 acha-se acompanhado por Marte em Libra, o astro associado ao signo oposto e complementar Áries, há maior chance de que ao nos questionar a nós mesmos, se consiga mais imediata e claramente se perceber o que falta no prato da balança do eu para que se equalize com a do outro.
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